CONVERSÃO DE VEÍCULOS PARA ÁLCOOL

Pensando apenas nos benefícios financeiros imediatos, o proprietário pode acabar comprometendo o desempenho e a segurança do seu veículo



Para quem possui veículos flex, na hora de abastecer, sempre surge a dúvida entre abastecer com gasolina que possui uma maior autonomia ou com álcool que é mais econômico. Neste momento, o segredo é olhar para o preço na bomba. Se o preço do combustível vegetal for, pelo menos, 30% inferior ao do derivado de petróleo é vantagem abastecer com o álcool. Isso porque o carro consome, em média, 38% a mais de combustível com álcool do que gasolina (32% na cidade e 46% a mais na estrada).

No entanto, com as contínuas reduções no preço do álcool, seja por incentivo do governo ou por qualidade na safra de cana-de-açúcar, as pessoas estão preferindo os veículos bicombustíveis. Desde a chegada do primeiro flex, já foram vendidos 7,2 milhões de veículos no país.

Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de veículos 0km Flex já representam 87,2% dos carros vendidos. Só no ano passado foram comercializados 2,3 milhões de carros bicombustíveis.

Não foi só isso, a quantidade de motores a gasolina que estão sendo convertidos para álcool dobrou no último ano. Segundo a Associação Brasileira dos Reparadores Independentes de Veículos (Abrive), a quantidade saltou de 600 para 1,2 mil por mês.

Adaptação
O mecânico, Felipe Kassardjian, da TechRace Fuel Injection Systems, explica como é feito o processo de conversão. “É instalado um aparelho nos bicos injetores que controla a quantidade de combustível e oxigênio enviados para o carburador. Esta ‘sonda-lambda’ pode ser usada tanto em sistemas de injeção digital ou analógica e tem a função de remapear a injeção para o uso do álcool”, finaliza Kassardjian.

O funcionamento deste aparelho é baseado no aumento do tempo de abertura dos bicos injetores, para que o módulo coloque mais combustível, compensando a diferença da mistura. Em veículos flex o módulo realiza esses cálculos continuamente e os resultados são armazenados na memória e, mesmo com o aparelho desligado, as informações ficam guardadas. Assim o veículo consegue distinguir o combustível que está sendo utilizado.

Depois de convertido, o veículo precisa passar por uma vistoria no Detran, para certificar que as alterações feitas no automóvel não vão oferecer riscos à segurança do motorista e do trânsito. Para isso, é preciso dar entrada em um processo de alteração de combustível, junto com todas as notas fiscais de serviços e de peças utilizadas na conversão.

Por mais idônea que seja a oficina, emitindo nota fiscal para a regularização da documentação do veículo, ela não pode se responsabilizar por futuros problemas com o carro. A oficina concede apenas a garantia do aparelho instalado por ela.

Contrapartidas
O estudante Sergio Manoel se arrependeu da instalação do módulo que faz a mudança no fluxo de combustível. “Na minha opinião, isso é enganação, pois vai reduzir a vida útil do seu motor em até 80%, isso se você cuidar bem dele. Acredite, não vale a pena”, reclama Manoel.
Por ser, relativamente, recente esse tipo de adaptação, os carros não estão preparados para receber os dois tipos de combustíveis. Apenas os veículos mais novos possuem pistões, mangueiras, bronzina e bicos injetores adaptados para isso. O Diretor do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de São Paulo (Sindirepa-SP), Antonio Gaspar de Oliveira, também é contra esse tipo de modificação. “As pessoas que fazem essas alterações pensando apenas na economia e não pensam que peças como o filtro e a bomba de combustível terão uma vida útil menor”, afirma.


Gaspar também explica que o álcool precisa de uma taxa de compressão maior do que a gasolina, reduzindo seu desempenho e causando danos ao meio-ambiente. “Depois de convertido o veículo polui mais, porque a queima não completa do carburador sai pelo escapamento para o meio ambiente”.


Testes do Inmetro de São Paulo comprovam que os veículos convertidos para flex emitem mais poluentes do que o convencional e que não estariam aptos para a inspeção ambiental veicular do município.


Pequenas atitudes podem ajudar o motorista a economizar e reduzir o consumo de combustível sem que ele precise converter seu carro. O pneu descalibrado, por exemplo, pode aumentar o consumo do combustível em até 10%. Assim como, o uso exagerado do ar-condicionado, dirigir com o veículo desregulado, muito pesado ou com os vidros abertos, também aumentam o consumo.

Acessibilidade para deficientes


Regulada por uma lei federal, a lei de Acessibilidade que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade está em vigor desde 8 de novembro de 2000, mas a questão do direito ao acesso ainda precisa ser muito discutida e trabalhada na formação das pessoas, para que se torne efetiva.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10% da população apresenta algum tipo de deficiência. Limitados pela incapacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, os portadores de necessidades especiais são os que mais sofrem com a falta de cidadania de algumas pessoas.
De acordo com a lei, todos os estabelecimentos, deveriam proporcionar condições de acesso para pessoas idosas ou portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida. No entanto, são poucos os estabelecimentos que fazem cumprir isso. Como conta o comerciante Jorge Sebastião.
Seu pai com 80 anos foi vítima de um AVC, há alguns anos, perdendo a mobilidade de um dos braços e parcialmente de uma das pernas. “Sempre que acompanho o meu pai (no carro dele que tem o adesivo de deficiente) raramente encontro uma vaga para parar de idoso ou deficiente desocupada, porque são utilizados por pessoas que não têm qualquer tipo problema” afirma Sebastião.
O comerciante também conta que geralmente quando o seu pai está com a cadeira de rodas, acaba estacionando longe, sem problemas, mas quando ele está apenas com a bengala, nada pode fazer, a não ser, ficar olhando aquele homem idoso se arrastando por um longo percurso, quase caindo e sofrendo para chegar ao seu destino.
E apesar de trágica, essa história continua a se repetir em diversas famílias do país, é o exemplo de Heloisio Ribeiro Neves que após sua filha ainda jovem sofrer uma paralisia cerebral e se tornar caderante, adaptou seu veículo Doblo para o transporte de passageiros especiais.
Hoje, sua filha está com 33 anos e não utiliza mais cadeira de rodas, mas com toda a sua compaixão continuou a transportar outras pessoas que necessitavam. “Esse carro passou a ser uma forma de ajudar o deficiente a alcançar seu objetivo, seja estudar, trabalhar ou se divertir” comenta Neves.

Há dois anos, Neves abriu sua própria empresa de traslado, a Gaivota Transporte Acessível, para atender esse público muitas vezes esquecido pelo poder público. “Essa ideia surgiu pela própria necessidade, por tratar a tantos anos com pessoas com necessidades reduzidas, mas tudo isso levou tempo para acontecer, pois não recebi nenhum incentivo”, justifica Neves.

Projeto Carona

A instituição surgiu em 1997, com o intuito de oferecer atividades de lazer para as pessoas portadoras de necessidades especiais, mas sua primeira dificuldade foi o transporte de seus clientes para as atividades promovidas pela empresa.
Com isso, a instituição criou um serviço de transporte com vans convencionais e adaptadas passamos a oferecer uma prestação de serviço de transporte, facilitando a vida do portador de necessidades especiais, assim o cliente é pego e levado para casa após o evento. São os únicos da cidade com a documentação regulamentada pela EMTU.
Atualmente a empresa atende escolas, hospitais, hotéis, casas de repouso, particulares, locadoras de veículos e agências de eventos. O projeto carona fica na Travessa Domingos Assunção, 57 – Pinheiros – São Paulo. Mais informações pelo site: www.projetocarona.com.br, ou pelos telefones 8386-6465, 3814-4162, falar com Roque José. transporte@projetocarona.com.br; recreacao@projetocarona.com.br

Adaptação do veículo
Existem empresas especializadas e homologadas para fornecer esse tipo de tecnologia. Indiferente da marca do veículo, para fazer a instalação dos dispositivos especiais, como alavancas de aceleração e frenagem na parte lateral do volante, após o cliente comprar o carro, ele é enviado para estas oficinas onde são adaptados.
No entanto, somente 20% dos portadores de algum tipo de deficiência física precisam de adaptações mais específicas, como acelerador e freio manuais. “Dos veículos vendidos com isenção para deficientes 80% possuem apenas direção hidráulica e câmbio automático”, comenta o supervisor de vendas especiais, Ricardo Rodrigues da Silva.


Normas para o estacionamento
Um dos fundadores do site www.DeficientesOnline.com.br, Cláudio Tavares, conhece bem a realidade destas pessoas e fala sobre os problemas enfrentados no dia-a-dia por quem procura um local adequado para estacionar. “O complicado é quando o estabelecimento não cumpri com as Normas da ABNT. A vaga precisa estar em um local estratégico e ser maior do que o convencionar para que o deficiente possa tirar a sua cadeira de dentro carro”.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, as vagas de estacionamento devem ser devidamente sinalizadas, com o símbolo internacional de acesso, conter espaço adicional para circulação da cadeira de rodas, de aproximadamente 1,20m de largura, ter o piso nivelado e ficarem o mais próximo possível do acesso, garantindo que o caminho a ser percorrido pela pessoa portadora de deficiência seja o menor possível e livre de barreiras e obstáculos.
Além das normas da ABNT, o Conselho Nacional de Transito (Contran) também estabelece três critérios para o estacionamento preferencial de idosos e deficientes. A primeira trata da obrigatoriedade de forma genérica; a segunda diz respeito a padronização de vagas para pessoas idosas, na proporção de 5% do total disponível; e a terceira resolução trata da acessibilidade e determina 2% das vagas de estacionamento para deficientes e pessoas com dificuldade de locomoção.
Cláudio Tavares acredita que os próprios estabelecimentos deveriam ser responsáveis por fiscalizar os motoristas para não parem nas vagas preferenciais. “Já vi situações onde o estabelecimento coloca um cone ou um carrinho na vaga para que outros motoristas não utilizem, no entanto, quando o portador de deficiência precisar utilizar a vaga, ele fará o que; sair do carro para tirar o obstáculo?” ironiza.

Zona Azul
As pessoas acima de 65 anos ou que apresentam algum tipo de deficiência física tem prioridade sobre qualquer vaga do sistema de estacionamento rotativo. No entanto, não basta possuir um adesivo colado no pára-brisas, no município, o portador de deficiência precisa de um cadastro junto a prefeitura para utilizar o espaço.
O Cartão Defis é emitido pela prefeitura e pelo Detran com extremo rigor apenas para pessoas que o necessitam. Porém, não precisaríamos disso se os órgãos responsáveis pelo trânsito na capital endurecessem o jogo com os motoristas que estacionam em locais próprios para deficientes e idosos.
É uma coisa de cultural. Não existe uma instrução para as pessoas que não são apenas os caderantes que são deficientes, existem diversas formas de deficiência e não se pode criar um manual para tratar com a diversidade. A própria educação das pessoas para tratar o deficiente deveria ser repensada e tratá-los como nossos irmãos.

DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO E CIDADANIA


Tema: “Educação, Cultura e Cidadania, o ser humano no centro do debate”


Neste fim de semana (23/05), aconteceu o Fórum Social sobre Educação e Cidadania. Como também sou militante desta causa, acordei cedo no sábado e fui de bicicleta até o paço municipal, onde saiu um ônibus de graça até o SENAI, onde aconteceu o evento.

Poucas pessoas estavam presentes, mas dentro daquele pequeno grupo encontrei com algumas pessoas conhecidas, o que me deixou muito a vontade. O debate estava programado para ser dividido em grupos temáticos, relacionados à educação; Educação e Trabalho, Educação e Meio Ambiente, Educação e Cidadania, Educação e Cultura. Porém, foi decidido que seria mais proveitoso se todos os palestrantes apresentassem seus temas e, em seguida, os participantes debatessem abertamente aquilo que fora apresentado.

Como principal tema foi levantada a problemática da “Educação para Vida”. Um assunto muito amplo, mas que foi muito bem trabalhado pelo Professor Luiz Roberto Alves, da Cátedra Celso Daniel, da Universidade Metodista.


Atento as palavras do professor, fiz algumas anotações enquanto ele falava que acho importante compartilhar com vocês agora, para podermos continuar a debater sobre o assunto.

Educação para a Cultura da Vida

Em sua apresentação o Profº Luiz começou a contextualizar, falando sobre questões históricas e sobre a diversidade cultural que possuímos. “A primeira coisa que precisamos romper é a ideia errada de que a educação deve ser nivelada e padronizada”, afirmou Luiz em seu discurso.

De forma brilhante ele justificou, “ocorrem nas escolas a mesma coisa que na política, pequenos grupos que não comungam da mesma realidade querem controlar de fora o seu desenvolvimento e tornam o ensino defasado e a política corrupta”.

Para o professor outro grande problema é a falta de continuidade. Nos programas de cultura os processos não são acumulativos. Parece que tudo é sempre novo, por isso não conseguem se desenvolver. “Isso acaba gerando um abismo que separa os tipos de cultura; em clássica e cientifica”, comenta.

A consequência disso são alunos com currículos inoperantes e sem vocação para o oficio. “O que estamos fazendo é negar a sociedade a capacidade de mudar as pessoas”, que no meu entender é uma padronização da consciência critica.

O professor continuou seu pronunciamento, colocando uma nova ideia em cima da outra. “Se a educação é política, o processo de modernização do Brasil foi capaz de crescer, mas a educação foi sempre sub-julgada”. O professor justifica isso pelo fato de que nunca houve uma revolução na educação.



E citando o mestre Paulo Freire ele conclui: “Por causa dessa submissão de fazer política, nós tornam seres condicionados, mas não determinados”.


A Comunicação e Cultura:

A mídia também tem um papel fundamental para o desenvolvimento da educação, no entanto, como em ocorre em todas as áreas, existem os bons e os maus profissionais. No ver do professor Luiz, “a mídia sabe divulgar que a educação é importante, mas não consegue mostrar sua importância”.

O professor também deu alguns exemplos quantitativos sobre o problema da educação. Ele citou um concurso de redação realizado em 2007, onde 57 jornais do país publicaram os melhores textos enviados. Dos 5.352 textos sobre educação, cerca de 70% foram sobre questões pontuais, sem vinculo com outras questões temáticas, eram questões físicas e de infra-estrutura. Menos de 1% dos textos trataram assuntos diversos como educação indígena e outros...

“O jornalista faz o mais fácil, escreve textos sobre assuntos que lhe são conhecidos. Não existem escolas de jornalismo que reúnam seus alunos com escolas de pedagogia, para discutir o problema, por exemplo”, comentou.

Ele também levantou outros números que me despertaram a atenção como a existência de Adultos Analfabetos; cerca de 1,8% da população da Região do Grande ABC não sabe interpretar um texto. São os chamados analfabetos funcionais e outros 7% da população tem apenas o ensino médio ou profissional.


O Grande ABC

A região só ganhou um local para expressão da liberdade cultural a partir dos anos 90 (96-97), com a organização de fóruns e conselhos, que unificaram a região, como é o caso do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC que, apesar de ser uma autarquia, é modelo para as demais regiões do país.

Dentro deste Consórcio existem 7 sete eixos de trabalho e a educação é o primeiro de todos eles. “A educação é eixo para o desenvolvimento da tecnologia, meio ambiente e desenvolvimento social e econômico”.

O sindicato dos metalúrgicos direcionou por muito tempo para produzir mão-de-obra para eles, com Universidades, Fatecs, Centro de formação de tecnológica, etc. Acredito que isso seja o que eles pretendem fazer também com a UFABC.

O professor alerta: “Estes processos são rápidos, fortes e precisam de uma fiscalização de todos nós!”. Por isso, o sociólogo Luiz sugeriu a criação de um órgão intermunicipal que organize e desenvolva os processos, que desenvolva os conhecimentos gerados pela sociedade, considerando a peculiaridade de cada um.

Para terminar o professor falou de tendências e sobre o analfabetismo tecnológico que pode gerar novas culturas de trabalho.

Em seguida, falou o membro do sindicato, Alex Sgrecia, coordenador do Departamento de formação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que falou sobre o público que ele auxilia e de um curso que ele elaborou para leitura e interpretação de textos. Contou que começou com leituras de cordel, depois passou para Carlos Drummond e Crônicas, até os alunos desenvolverem a leitura crítica das notícias do jornal.

Ele contou que utilizava os temas dos textos lidos, como sentimentos e experiências, para que os alunos escrevessem sobre suas próprias experiências. Um exemplo muito positivo.

Ele também falou que existe um abismo entre Cultura e Educação. Citou como exemplo a biblioteca que procurou o sindicato pedindo que incentivasse as pessoas frenquentá-la. No entanto, perceberam que o problema não era de infra-estrutura, a biblioteca não é utilizada porque o cidadão não sabe ler e usufruir dos seus serviços.

Concluiu então que era necessário fazer um trabalho de educação. A sugestão dada por ele é criar um espaço onde o individuo possa produzir seu próprio conteúdo e fugir dos eventos em que as pessoas recebam de forma passiva.

Para Sgrecia, o professor não pode tentar enfiar páginas e páginas de informação na cabeça dos seus alunos e citou Paulo Freire ao dizer que “o pedagogo é um sujeito criativo dos processos”, ele está lá só para balizar as idéias dos alunos, incentivando o pensamento critico e o desenvolvimento de novas propostas.


Em seguida falou Diego de Itu, membro do Coletivo Jovem do Meio Ambiente e Rede de Junventude pelo Meio Ambiente, que se auto-intitula um anti-corpo de Gaia.

Dos fóruns e encontros que são realizados, poucos conseguem se desenvolver, por questões políticas, jurídicas e etc...

Sua conclusão do ambientalista é de que devemos pensar de forma prática, dentro da nossa própria realidade. Com atitudes práticas. “Existem alguns caminhos já trilhados na educação formal e informal, como o Cyber-Ativismo”, comenta.

“No mundo de hoje, as pessoas precisam ter responsabilidade de produzir e gerar conteúdo”. Citando um trecho da música “Enxugando o Gelo”, do B Negão; “Subsídio da vida para o cultivo de poetas. Subsídio da mídia para o cultivo de amebas”.

Por fim falou Bia Pardi, sobre os tipos de educadores que são enciclopédias que só seguem transmitir seus conhecimentos através do autoritarismo.
“Ainda estamos aprendendo a fazer uma gestão democrática”, mas estamos no caminho correto, nos organizando em fóruns, onde permite aglutinar opiniões distintas sobre o individuo.

Para Bia, iremos passar por um processo de resgate do trabalho em grupo, das ciências, e dos grêmios e sindicatos.

E que novamente devemos estar atentos para esta mão invisível que regula o mercado, estimula a visão do aluno para as questões do trabalho. Cria um segmento que limita as demias área do trabalho.
Ao termino do forum as as principais propostas apresentadas foram; a criação de um fórum regional de educação e cultura, que organize a discussão e iniciativas regionais; discussão sobre o modelo de universidade federal que a Região quer e precisa; e preparação de um novo debate sobre a concepção dos projetos de educação.

O caminho do combustível

Como identificar e denunciar os postos que vendem combustíveis adulterados.


A melhor forma de proteger o seu bolso e o seu carro de combustíveis adulterados é sabendo a origem do combustível. O motorista não deve se sentir envergonhado de perguntar ao frentista qual a procedência do combustível. Afinal, assim como ele, o posto também é um comprador do distribuidor, o distribuidor da refinaria, e assim por diante.

O petróleo extraído da terra serve de matéria-prima para diversos produtos como pneus, parafinas, borrachas, fósforos, chicletes, filmes fotográficos, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Em uma refinaria, sobre temperaturas que variam de 40º a 200º graus Celsius, esse liquido escuro e viscoso também se transforma em combustível e fontes.

No Brasil, a Petrobras tem exclusividade tanto para a extração quanto para o refino desse material. A estatal brasileira transforma a matéria bruta em gasolina, diesel, querosene, gás de cozinha, óleo combustível e lubrificante, parafina e diversos compostos químicos que são matérias-primas para as indústrias de tintas, ceras, vernizes, resinas, extração de óleos e gorduras vegetais.

A gasolina que sai das refinarias é chamada de Gasolina “A”, pois não tem nenhum tipo de solvente. Quando o produto é bombeado para os distribuidores responsáveis pela infra-estrutura e logística de entrega - a gasolina recebe o Álcool Anidro. Atualmente, o percentual obrigatório de álcool na gasolina é de 25% e a margem de erro admissível é de mais ou menos 1%.

Quando o produto chega aos postos para a comercialização, a gasolina já está diluída, tornando-se uma gasolina do tipo “C”. Quem estipula a quantidade de álcool que a gasolina deve receber e fiscalizar todo esse processo é a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Somente no ano passado, das 19.550 ações de fiscalização da Agência, 4.903 foram realizadas no Estado de São Paulo. As fiscalizações realizadas no estado resultaram na emissão de 1.458 autos de infração, sendo 412 por problemas de qualidade nos combustíveis, das quais 200 resultaram na interdição dos postos.

A intenção da ANP é passar em todos os postos da capital em no máximo 6 meses. Segundo o Chefe da fiscalização da ANP em São Paulo, Alcides Araújo dos Santos, a maior dificuldade em realizar esse trabalho se dá pelo baixo número de agentes.

Hoje a agência conta com 85 fiscais para inspecionar as 183 distribuidoras e cerca de 34.300 postos no País. Em São Paulo, são 14 funcionários para atender a quase 18.000 postos, o que torna a fiscalização ineficiente.

Para solucionar este problema, a ANP se uniu a outros 9 órgãos públicos para diminuir o intervalo entre uma vistoria e outra. “Por isso os convênios são importantes. Recentemente capacitamos 15 agentes da prefeitura para atuarem como fiscais, inclusive, com poder de policia para autuar o posto se preciso” comenta o Alcides.

O resultado desses convênios, por exemplo, é a fiscalização feita por universidades que se encarregam de coletar amostras de combustíveis de diversos postos e seus alunos realizam os testes para averiguar a qualidade; depois a universidade envia os relatórios para a ANP. Assim é possível monitorar com mais freqüência o produto comercializado.

Para o vice-presidente Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Roberto Fregonese, essa fiscalização ainda é ineficaz. “O que atrapalha é a forma como tem sido feita essa fiscalização. Os postos compram com muita rotatividade, até pela falta de capital de giro, recebem do distribuidor novos produtos quase todos os dias e, às vezes, esse relatório leva de dois a três dias para chegar até a ANP. Então, quando o fiscal vai aos postos, não é possível flagrar o proprietário vendendo combustível adulterado”.

Adulteração
O combustível adulterado é aquele que não obedce às especificações legais, ou seja, que possui mais álcool ou mais solventes do que o permitido por lei.

Segundo a ANP, “adulteração é a mistura de qualquer substância diferente ou acima das especificações permitidas, originando um produto de qualidade inferior”. Os produtos utilizados na adulteração podem ser variados, como água para o álcool e o álcool para a gasolina.

Esses solventes já fazem parte de suas composições, mas, em excesso, diluem o combustível, diminuindo sua eficiência e causando danos ao motor.

Em todas as etapas do processo de fabricação do combustível existe manipulações do produto, no entanto, na etapa final, a concorrência por preços baixos incentiva a adição de produtos químicos mais baratos, para aumentar a rentabilidade.

Fregonese confirma que de 8% a 10% dos postos vendem produtos fora dos conformes. “A maior incidência de adulteração de produtos é nas metrópoles, onde existe a guerra pelo preço baixo”, comenta. Existe um ranking da ANP que classifica as regiões com maior incidência de adulteração.
São Paulo está em primeiro lugar, seguido de Osasco e em terceiro lugar a região do ABC. “Chega um momento em que a competitividade por preços leva o revendedor para a clandestinidade. É uma condição de subsistência”, comenta Fregonese.

E ao contrario do que se imagina muito raramente o combustível é adulterado no posto. Em quase todos os casos, as adulterações são feitas ainda nos distribuidores. “É quase inviável fazer uma adulteração no posto de gasolina. O produto já vem com a mistura pronta; entretanto, nada é feito sem a conivência do revendedor”, afirma o vice-presidente da Fecombustíveis.

Exija o teste
Em caso de suspeita da qualidade do combustível, solicite um teste de proveta. “Todos os postos são obrigados a fazer o teste quando solicitado pelos consumidores” comenta o chefe de fiscalização da ANP.
No teste, que leva cerca de 10 minutos para ser realizado, é possível identificar o teor exato de diluentes que existe no combustível. O teste pode ser feito com um densímetro ou simplesmente adicionando água à gasolina. A gasolina de tom amarelado ficará na parte de cima do frasco e a água e o álcool, de tom transparente, na parte inferior. A mistura transparente, na qual se encontra o álcool e a água, deve atingir 62,5ml dentro do medidor.


No caso do álcool, são observados os mesmos itens. Já no caso do diesel, checam-se o aspecto visual, massa específica e cor. Caso sejam encontradas irregularidades, os postos poderão ser advertidos, autuados ou mesmo terem suas bombas lacradas até que seja regularizado, neste último caso, devendo passar por uma nova verificação.



O Procon alerta aos consumidores para terem cuidado na hora de abastecer, pois o maior prejudicado é o proprietário do veículo que terá de arcar com os prejuízos no mecânico.

A conta do mecânico
O barato saiu caro, e agora? Abastecer pelo mais barato não é tão vantajoso, já que à longo prazo os prejuízos para o veículo começam a aparecer. O primeiro sinal é a diminuição do desempenho que, conseqüentemente, leva a um maior consumo de combustível.
O uso freqüente de combustível adulterado pode causar vários defeitos no motor. “A água no álcool não queima e tira a lubrificação do motor podendo, a longo prazo, oxidá-lo e resultar em defeitos nos bicos e injeção.

A queima de gasolina adulterada, ainda causa acúmulo de resíduos na parte interna do motor e estes resíduos ocupam o espaço de movimentação das peças móveis do motor, dificultando a articulação dessas peças. “Os veículos a gasolina costumam apresentar mais defeitos, já que os solventes se tornam resíduos e vão para o cárter do motor, transformando o óleo em uma graxa”, explica o preparador de veículos Eduardo Keller, da oficina Keller Mecânica de Automóveis.

Por isso, esteja sempre atento com os períodos de troca de óleo do veículo. “Quando trocar o óleo, perceberá que o óleo do carro a álcool sai fino e claro, enquanto que o do veículo a gasolina com um tom escuro, são os resíduos do combustível que ficam no motor”, comenta o mecânico.

Marivaldo Moraes, proprietário de um posto de gasolina na região do ABC, sugere que o consumidor esteja sempre atento: “escolha um ou dois postos e procure sempre abastecer neles”. Dessa forma, o motorista pode monitorar a qualidade do combustível de acordo com a quilometragem por litro que o veículo faz. É notável a diminuição do rendimento do veículo quando abastecido com um produto não conforme”.

Se seu veículo for danificado por combustível adulterado, dirija-se ao Procon ou outros órgãos de defesa do consumidor com a nota fiscal do abastecimento e o laudo mecânico que comprovou o dano, a fim de receber orientação sobre as ações a serem tomadas.

Dicas Seguindo as dicas abaixo você abastece seu carro com mais segurança:

  • Procure sempre abastecer no mesmo posto, exigindo a nota fiscal. Assim, você pode garantir o conhecimento da origem do combustível.

  • Verifique se a bandeira e a marca da distribuidora correspondem ao caminhão que abastece o posto.

  • Verifique se no posto existe a placa da ANP com o telefone da Central de Atendimento ao Consumidor.

  • Se há suspeita de adulteração, denuncie na Central de Atendimento da ANP (0800-970-0267). Ao efetuar a denúncia informe o CNPJ e razão social do posto (que constam na Notal Fiscal), endereço, distribuidora e a descrição do ocorrido.

Cinto de Segurança para animais

Os cuidados ao volante começam antes de ligar o carro, conheça algumas recomendações necessárias para quando estiver transportando passageiros especiais

O cinto de segurança nada mais é do que um mecanismo de retenção dos passageiros em seus assentos. Durante a 2ª Guerra Mundial, foi desenvolvido um sistema de segurança para evitar que os pilotos de aviões morressem, por serem lançados para fora da cabine, quando aterrissavam bruscamente.

Dentro das devidas proporções, os engenheiros perceberam que ocorria a mesma coisa nas colisões de veículo: onde o alto número de mortes eram causadas por conta da ejeção dos ocupantes. Assim, na década de 60, foi decretado que todos os veículos americanos tivessem cinto de segurança, impedindo que os ocupantes se movimentem no interior do veículo e se choquem contra a estrutura rígida, vindo a sofrer lesões mais severas.

Até hoje é inquestionável o poder que esse mecanismo possui para reduzir a probabilidade de mortes e de lesões graves dos ocupantes e, ainda, não há qualquer outra solução de engenharia que supere a proteção proporcionada pelo cinto de segurança. Nem mesmo o airbag é eficiente se não for utilizado em conjunto com o cinto de segurança.

No Brasil, as estatísticas oficiais registraram que para cada morto em acidente de trânsito existem mais 13 pessoas feridas. Somente na última década foram mais de 3 milhões e 300 mil pessoas que sobreviveram aos acidentes de trânsito, requerendo, em maior ou menor grau, assistência médico-hospitalar.

Pesquisas realizadas pelo Centro Nacional de Controle de Qualidade- Rede SARAH- 54% dos pacientes internados, com lesões na medula ou no cérebro, foram acidentados no trânsito. Eram ocupantes (condutores ou passageiros) de veículos automotivos, como carros, motos, utilitários ou caminhonetes. Em 67,3% dos casos os pacientes admitiram que não usavam o cinto no momento do acidente.

Dentre os pacientes investigados, a maioria era do sexo masculino (65,8%); solteiros (50,0%); com escolaridade até o ensino fundamental (38,8%); e residentes em área urbana (92,4%). Em 72,9% dos casos a faixa etária não ultrapassava os 39 anos.

Tipos de cinto

Existem diversos tipos de cinto de segurança, o mais comum é o cinto de três pontas, por ser mais seguro. Os cintos pélvicos (somente na cintura) evitam a projeção do corpo, mas não protegem tanto o tórax e a cabeça. Já os cintos torácicos (em diagonal no peito) protegem a cabeça e o tórax, mas não protegem tanto o quadril e as pernas.


O ideal são os cintos de três ou quatro pontas, pois dentre os cintos para veículos de passeio e transporte, são os que trazem maior grau de proteção. Os cintos de três pontos podem ser fixos ou retráteis. Os retráteis permitem um ajuste mais confortável e mais seguro ao corpo, além de tornar os movimentos do motorista mais fáceis.
No entanto, o cinto não é um instrumento mágico que torna as pessoas que o usam imunes a ferimentos e à morte. Embora óbvia, essa é uma noção fundamental: o cinto apenas diminui a probabilidade de morte de seu usuário – por evitar a ejeção. Além disso, poucas pessoas conhecem os cuidados específicos do cinto para cães, crianças e gestantes.

Perigoso pra cachorro
Apesar de comum ver os cães pendurados no vidro do passageiro, no colo do motorista ou pulando pelos bancos, esse modo de transportar animais não é o mais seguro nem está dentro da lei.


Conforme o Código Nacional de Trânsito, se o cachorro estiver solto dentro do carro e pular para o banco do motorista a multa é de R$85 e implica na perda de 4 pontos na carteira. Se ele estiver na caçamba de uma picape a multa é e R$128 e 5 pontos na carteira.

Os animais de estimação no carro podem aumentar as chances de colisão. É o caso do drama vivido pela psicóloga, Juliana Petreca, que viu motorista do carro ao lado perder o controle do veículo, por que o cachorro que passeava em seu colo, subitamente começou a pular e latir após ver outro cão na rua. “O homem ficou completamente sem direção e veio para cima do meu carro. Se eu não estivesse atenta, certamente teria colidido”, afirma Petreca.

Mesmo no banco de trás, o animal deve estar bem preso, para que no caso de uma freada brusca, o animal não seja arremessado contra os ocupantes do veículo. Um grande risco, pois um cachorro de 25 quilos arremessado para frente a uma velocidade de 50 km/h pode causar um impacto de 76 kg.

O ideal é que os animais sejam transportados no banco traseiro dentro de gaiolas adequadas ao tamanho do animal ou com cintos de segurança. Hoje já é possível encontrar estes equipamentos no mercado por preços que variam entre 40 e 80 reais.