Cinto de Segurança para animais

Os cuidados ao volante começam antes de ligar o carro, conheça algumas recomendações necessárias para quando estiver transportando passageiros especiais

O cinto de segurança nada mais é do que um mecanismo de retenção dos passageiros em seus assentos. Durante a 2ª Guerra Mundial, foi desenvolvido um sistema de segurança para evitar que os pilotos de aviões morressem, por serem lançados para fora da cabine, quando aterrissavam bruscamente.

Dentro das devidas proporções, os engenheiros perceberam que ocorria a mesma coisa nas colisões de veículo: onde o alto número de mortes eram causadas por conta da ejeção dos ocupantes. Assim, na década de 60, foi decretado que todos os veículos americanos tivessem cinto de segurança, impedindo que os ocupantes se movimentem no interior do veículo e se choquem contra a estrutura rígida, vindo a sofrer lesões mais severas.

Até hoje é inquestionável o poder que esse mecanismo possui para reduzir a probabilidade de mortes e de lesões graves dos ocupantes e, ainda, não há qualquer outra solução de engenharia que supere a proteção proporcionada pelo cinto de segurança. Nem mesmo o airbag é eficiente se não for utilizado em conjunto com o cinto de segurança.

No Brasil, as estatísticas oficiais registraram que para cada morto em acidente de trânsito existem mais 13 pessoas feridas. Somente na última década foram mais de 3 milhões e 300 mil pessoas que sobreviveram aos acidentes de trânsito, requerendo, em maior ou menor grau, assistência médico-hospitalar.

Pesquisas realizadas pelo Centro Nacional de Controle de Qualidade- Rede SARAH- 54% dos pacientes internados, com lesões na medula ou no cérebro, foram acidentados no trânsito. Eram ocupantes (condutores ou passageiros) de veículos automotivos, como carros, motos, utilitários ou caminhonetes. Em 67,3% dos casos os pacientes admitiram que não usavam o cinto no momento do acidente.

Dentre os pacientes investigados, a maioria era do sexo masculino (65,8%); solteiros (50,0%); com escolaridade até o ensino fundamental (38,8%); e residentes em área urbana (92,4%). Em 72,9% dos casos a faixa etária não ultrapassava os 39 anos.

Tipos de cinto

Existem diversos tipos de cinto de segurança, o mais comum é o cinto de três pontas, por ser mais seguro. Os cintos pélvicos (somente na cintura) evitam a projeção do corpo, mas não protegem tanto o tórax e a cabeça. Já os cintos torácicos (em diagonal no peito) protegem a cabeça e o tórax, mas não protegem tanto o quadril e as pernas.


O ideal são os cintos de três ou quatro pontas, pois dentre os cintos para veículos de passeio e transporte, são os que trazem maior grau de proteção. Os cintos de três pontos podem ser fixos ou retráteis. Os retráteis permitem um ajuste mais confortável e mais seguro ao corpo, além de tornar os movimentos do motorista mais fáceis.
No entanto, o cinto não é um instrumento mágico que torna as pessoas que o usam imunes a ferimentos e à morte. Embora óbvia, essa é uma noção fundamental: o cinto apenas diminui a probabilidade de morte de seu usuário – por evitar a ejeção. Além disso, poucas pessoas conhecem os cuidados específicos do cinto para cães, crianças e gestantes.

Perigoso pra cachorro
Apesar de comum ver os cães pendurados no vidro do passageiro, no colo do motorista ou pulando pelos bancos, esse modo de transportar animais não é o mais seguro nem está dentro da lei.


Conforme o Código Nacional de Trânsito, se o cachorro estiver solto dentro do carro e pular para o banco do motorista a multa é de R$85 e implica na perda de 4 pontos na carteira. Se ele estiver na caçamba de uma picape a multa é e R$128 e 5 pontos na carteira.

Os animais de estimação no carro podem aumentar as chances de colisão. É o caso do drama vivido pela psicóloga, Juliana Petreca, que viu motorista do carro ao lado perder o controle do veículo, por que o cachorro que passeava em seu colo, subitamente começou a pular e latir após ver outro cão na rua. “O homem ficou completamente sem direção e veio para cima do meu carro. Se eu não estivesse atenta, certamente teria colidido”, afirma Petreca.

Mesmo no banco de trás, o animal deve estar bem preso, para que no caso de uma freada brusca, o animal não seja arremessado contra os ocupantes do veículo. Um grande risco, pois um cachorro de 25 quilos arremessado para frente a uma velocidade de 50 km/h pode causar um impacto de 76 kg.

O ideal é que os animais sejam transportados no banco traseiro dentro de gaiolas adequadas ao tamanho do animal ou com cintos de segurança. Hoje já é possível encontrar estes equipamentos no mercado por preços que variam entre 40 e 80 reais.



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